Nasceu a 10-3-1955 e é natural de Arroios-Lisboa. É Diretor do Teatro da Rainha desde 1985. Iniciou a sua experiência teatral no TEUM (Teatro dos Estudantes Universitários de Moçambique) entre 1972 e 1973 e frequentou o Conservatório Nacional entre 1973 e 1975. Em 1975 integrou a equipa fundadora do Centro Cultural de Évora, primeira estrutura de teatro descentralizado pós 25 de Abril, criada soba direção de Mário Barradas.

Como bolseiro da Fundação Gulbenkian fez um estágio no Piccolo Teatro de Milão tendo seguido os trabalhos de encenação de Giorgio Strehler para “A boa alma de Sé Chuão” de B.Brecht e “Arlequim e os outros”, dirigido por Ferrucio Soleri (1980) Tem um Masters em Estudos Teatrais pela Universidade de Paris III / Sorbonne Nouvelle e fez a prova para Professor Especialista com aprovação por unanimidade perante um Júri que integrava a Professora Doutora Manuela Bronze, o Diretor do TNSJ, Nuno Carinha, o Diretor da ESMAE, Francisco Beja, o Ex. Diretor da ESTC da Amadora, Carlos Pessoa e o Encenador Luís Varela. É atualmente Professor em regime pontual na ESMAE. Foi professor convidado dos Estudos Artísticos (U.C), regendo a cadeira Escolas e Métodos de Encenação e da ESAD (Caldas) Foi fundador do CENDREV criado em 1990. Representante do Ministério da Cultura para o teatro na 11ª Comissão Interministerial para a Reforma do Ensino Artístico. Diretor do 1º CRAE Centro Regional das Artes do Espetáculo de Évora – criado pelo Ministério da Cultura a convite do Dr. Rui Nery. Criador e coordenador do Dramat/Centro de Dramaturgias Contemporâneas, estrutura do quadro orgânico do TNSJ -Teatro Nacional de São João. (1999-2001) a convite de Ricardo Pais. Foi até Abril de 2004, Diretor de Programação da Coimbra 2003-Capital Nacional da Cultura. Foi consultor da Fundação Calouste Gulbenkian do programa de educação pelas artes Projeto Tapete (Centros educativos de Caxias, Benfica e Graça) a convite do Dr. Jorge Barreto Xavier, no âmbito da ação do Instituto de Reinserção Social. Colabora regularmente com o Jornal Público, a Revista Finisterra (Eduardo Lourenço) e foi responsável pelas Revistas Adágio e Teatro/Escritos. Coordenou e foi autor do livro Quatro ensaios à boca de cena / Para uma política teatral e da programação (com José luís Ferreira – Diretor do São Luís/Teatro Municipal, Américo Rodrigues – Teatro Municipal da Guarda e Manuel Portela, Ex Diretor do TAGV) editado pela Livros Cotovia.

Como ator e encenador realizou e participou em mais de 120 criações sendo de realçar os espetáculos AQ, a hora do lobo, de Christoph Hein, Filoctetes, de Heiner Muller, O Falatório do Ruzante que veio da Guerra de Angelo Beolco, Ella, de Herbert Achternbusch, Combate de negro e de cães, de B-M. Koltès, e recentemente O caso branca de neve, de Howard Barker, A Europeia de David Lescot, Dramoletes 1 / O coveiro de Thomas Bernhard, As mortes do dia de hoje, de Howard Barker, Histórias do bosque de Viena, de Odon Von Horvath e O estranho corpo da obra, de Martin Crimp. Os espetáculos em que participou e dirigiu apresentaram-se em inúmeros teatros no país e no estrangeiro, nomeadamente no TNSJ, no Teatro Municipal de Almada / Festival de Almada, nos auditórios do CCB, no Instituto Franco-Português, no TNDM, no ACARTE (Fundação Gulbenkian), no Teatro de São Luís, no Teatro Garcia de Resende, em Évora, no Teatro Sá de Miranda, em Viana, no Teatro Circo, em Braga, etc. Fora do país dirigiu para o TNSJ (em coprodução com o Teatro Vila Velha de Márcio Meireles) Supernova, de Abel Neves, em Salvador da Baía, O falatório do Ruzante que veio da guerra, coprodução Teatro da Rainha com a Casa Velha, em Moçambique e o espetáculo ELLA, de H. Achternbusch, apresentou-se em Cluj, na Roménia, no âmbito do Festival de Teatro da União dos Teatros da Europa.