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Primeiro passo de uma colaboração com a Companhia Paulo Ribeiro que se estenderá para 2024, Re-En-Cantos de Mateus é uma viagem coreográfica e musical feita de estações tão plurais como vivas são as paisagens de Mateus: os jardins neobarrocos e a sua proposta geométrica, as hortas e as vinhas, o contraste entre o granito da paisagem humana e o xisto da paisagem rural.
Em residência nas últimas duas semanas de junho, Paulo Ribeiro investiga a relação do corpo e da música com este lugar singular. Re-en-Cantos de Mateus, uma das declinações da Arte na Paisagem, será uma viagem coreográfica e musical feita de estações tão plurais como vivas são as paisagens de Mateus: os jardins neobarrocos e a sua proposta geométrica; as hortas e as vinhas, outro género de prazeres e memórias; o contraste entre o granito da paisagem humana e o xisto da paisagem rural a servir de chão, elemento mineral que tanto pode conduzir à ascensão como à descoberta do que está em baixo. Cinco bailarinos e cinco músicos, muitas formas de olhar e reconstruir a paisagem.
É uma enorme alegria acolher a proposta do coreógrafo Paulo Ribeiro de investir os Jardins e a Casa de Mateus com seis peças coreográficas inspiradas no “espírito do lugar” e concebidas para as condições específicas que aqui se encontram. As peças a que vão assistir não se apresentam em espaços convencionais, exigindo ao coreógrafo e aos bailarinos uma ousadia particular e a convicção de que a Dança não tem limites, nem para a sua prática, nem para a sua partilha com o público. Glosando o sub-título da obra “Ars Industrialis” de Bernard Stiegler – re encantar o mundo – os Re-En-Cantos de Mateus, concebidos por Paulo Ribeiro, evocam os espaços ou “cantos” da Casa, os seus encantos esculpidos pelo tempo e pela marca intemporal de Nicoló Nasoni, e a capacidade de nos re-encantarmos através da comunhão entre o poder simbólico de um lugar e a energia criativa que cimenta a nossa relação com o Mundo.
Teresa Albuquerque
Há muito que conheço Mateus, com os seus cantos e recantos. Os seus encantos levados para o céu pelas cordas, os sopros, os teclados. A Casa de Mateus é assim como um lugar suspenso. Um Lugar Suspenso na nossa geografia é como se inspirasse e não expirasse, é como se estivesse numa apneia permanente. Pedi que me deixassem tentar habitar os exteriores da casa e encontrar os seus cantos. O encanto já está por todo o lado. Pedi que me deixassem criar diálogos entre um intérprete de dança e um percussionista em cinco lugares estratégicos nos quais música e coreografia lhes serão dedicados. Vamos, pela diversidade dos lugares, temas musicais e coreografias, criar algo em comum, vamos ligá-lo ao chão e transmitir a humanidade de todas as respirações que aquelas pedras testemunharam.
Paulo Ribeiro
RE-EN-CANTOS DE MATEUS
COMPANHIA PAULO RIBEIRO
COREOGRAFIA
PAULO RIBEIRO
BAILARINOS
Afonso Cunha, Liliana Oliveira, Maria Martinho, Mariana Vasconcelos e Rita Ferreira
MÚSICOS
André Dias, João Miguel Braga Simões, Miquel Bernat, Pedro Góis
UMA CO-PRODUÇÃO
FUNDAÇÃO DA CASA DE MATEUS E COMPANHIA PAULO RIBEIRO
COM A PARTICIPAÇÃO DE
DRUMMING-GRUPO DE PERCUSSÃO
PROGRAMA
I – Pátio de Honra
bailarino Afonso Cunha
músico Miquel Bernat
Dirdira (2023)*, de Guillermo Lauzurika
II - Eixo Longitudinal
bailarina Mariana Vasconcelos
músico Miquel Bernat
Stealing Time A (2022), de Octavi Rumbau
III - Túnel de Cedros
bailarina Rita Ferreira
músico André Dias
Tabl (2022)*, de Carlos D. Perales
IV - Jardim das Coroas
bailarina Liliana Oliveira
músico Pedro Góis
Cross Motion (2023)*, de Luís Carvalho
V - Capela
bailarina Maria Martinho
músico João Miguel Braga Simões
Modulations (2023)*, de Francisco Fontes
VI - Eira
bailarinos Afonso Cunha, Liliana Oliveira, Maria Martinho, Mariana Vasconcelos e Rita Ferreira
músicos André Dias, João Miguel Braga Simões, Miquel Bernat e Pedro Góis
Mirroring (2022)*, de Juan Arroyo
*obras em estreia absoluta
For more information, contact us through the following e-mail: cultura@casademateus.pt
Obras musicais | Notas de programa
Cinco das seis composições são obras em estreia absoluta.
Cross motion (Movimento cruzado), para multi-percussão solo, explora o movimento alternado e rápido entre um instrumento de altura definida (marimba) e um set de percussões de altura indefinida (3 timbalões suspensos, 3 gongos de mão [ópera chinesa] e um timbalão de chão [ou surdo]). Trata-se de uma breve peça em forma de estudo que aborda simultaneamente a flexibilidade técnica e a fluência musical entre sons de altura definida e não definida, procurando uma simbiose entre esses dois mundos sonoros, numa narrativa musical integrada. Procurando facilitar o acesso mais amplo possível, o registo da marimba foi limitado às quatro oitavas mais comuns e o set de percussões indefinidas é intencionalmente inespecífico quanto a dimensões dos instrumentos, salvaguardando apenas que se devem escolher três alturas claramente distintas (grave / médio / agudo) quer para os timbalões suspensos, como para os gongos de mão. Uma encomenda do Drumming Grupo de Percussão, esta obra é dedicada ao Miquel Bernat.
Luís Carvalho
Mirroring (2022) é um estudo para quatro percussionistas sobre o fenómeno da reflexão sonora. Encomendado pelo Ensemble de Percussão Drumming do Porto, este estudo é dedicado a Miquel Bernat. A obra é inteiramente composta para boomwhackers: instrumentos de percussão temperados formados por tubos de diversos tamanhos e cores. Esta peça, com um ar lúdico, desenvolve ao longo da sua duração diferentes tipos de eco compostos pela interação dos diferentes músicos.
Juan Arroyo
Dirdira, para Nyunga Nyunga Mbira e eletrônica (2023) A memória de Alfonso Garcia de la Torre Guillermo Lauzurika. O título da peça significa “brilho” em basco, e refere-se ao instrumento principal, o Nyunga Nyunga Mbira (brilhante Mbira brilhante), desenvolvido por Jeke Tapera na década de 1960 no Kwanongoma College of African Music em Bulawayo (Zimbabwe). ) , e que desde então cresceu enormemente em popularidade. O Mbira, também chamada Kalimba ou piano de polegar, pertence a uma família de instrumentos tradicionais do Zimbabué e de Moçambique, onde desempenha um papel de entretenimento durante as reuniões sociais e de comunicação com os antepassados nas cerimónias. É constituída por uma tábua de madeira com aproximadamente 15 a 30 chapas metálicas que são pressionadas com os polegares de ambas as mãos e com um grande número de inarmônicos que conferem ao Mbira um timbre característico, relaxante e belo. Obra encomendada por Drumming GP/Miquel Bernat no âmbito do projeto “Concert Studies”.
Guillermo Lauzurika
Stealing time A obra para multipercussão e dispositivo electrónico
"Stealing time A" para multipercussão e eletrónica faz parte de um ciclo de quatro peças de formato variável denominado "Stealing time". Como o próprio nome sugere, pretende articular um discurso em torno da contração do tempo musical e da sua perceção particular. “Roubar” o tempo como metáfora de um tempo musical em constante processo de transformação com a ideia de criar uma forma fluida que parece avançar inevitavelmente no tempo mas, paradoxalmente, nunca chega a lado nenhum. É a busca de uma linearidade não direcionada. Ao contrário de trabalhos anteriores onde a acumulação ou dispersão de um único elemento gera uma linearidade mais diáfana, em “Stealing time” a forma articula-se ciclicamente e, ao mesmo tempo, em permanente transformação. Parte-se de uma ideia neutra que se transforma permanentemente, mas sem estabelecer um caminho retilíneo, mas oblíquo. Paradoxalmente, essa contradição gera implicações perceptivas que transcendem o objeto inicial.
Octavi Rumbau
Modulations, é um pequeno estudo para set de percussão, constituído por 5 instrumentos de pele e dois instrumentos ressonantes de metal. Os instrumentos podem variar e resultam da escolha de cada percussionista. Este pequeno estudo está dividido em duas secções, que apesar de revelarem qualidades musicais diferentes, utilizam processos de composição similares e apresentam correlações. A primeira secção - Andante animato - explora a sonoridade dos instrumentos de pele, em jogos rítmicos rápidos que procuram criar uma sensação musical de incerteza e instabilidade. Na segunda secção - Marziale, vigoroso - as sonoridades metálicas ganham predominância e contrastam com os instrumentos de pele, numa espécie de marcha se vai intensificando e acelerando à medida que nos aproximamos do final da obra.
Francisco Fontes
Tabl é o termo árabe para percussão. No contexto do subcontinente indiano, este termo foi adotado por volta do século XVIII, principalmente para designar o principal instrumento da música clássica hindustani: a tabla. No entanto, para além da utilização comum destes dois tambores semelhantes a bongós, a música tradicional é frequentemente executada com outros instrumentos semelhantes, como o mridangam e o pakhawaj. A linguagem e a utilização de dispositivos de percussão nos tambores estão ligadas ao som vocal e à execução do konnakol no contexto da música Carnatic. De facto, o chamado Bol taal serve como método de aprendizagem das talas e serve muitas vezes para introduzir o motivo principal sobre o qual se improvisará o resto do discurso rítmico do concerto. Nesta área, a obra mergulha na exploração do ritmo indiano: combinações geométricas espelhadas, retrogradações, palíndromos, ritmos com unidades adicionadas ou subtraídas, variações truncadas, compensações irracionais, etc.; toda uma configuração de floreados temporais que flertam com a métrica fixa e inexorável do taal. Nesta obra, a eletrónica configura um suporte multi-timbral que vai desde o uso da tanpura até à expansão de micro-detalhes inspirados na exuberante fantasia plástica da iconografia hindu.
Carlos D. Perales
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